Acre
Segurança em presídios do Acre é reforçada após matança em cadeias do AM
Compartilhe:
A segurança em todos os presídios do Acre foi reforçada após as mortes nas unidades de Manaus (AM). O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) informou que pediu reforço de agentes penitenciários e alertou a Polícia Militar (PM-AC) no domingo (26), quando houve uma briga que deixou 15 mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).
Nesta segunda-feira (27), cerca de 40 outros presos foram encontrados mortos dentro das cadeias de Manaus. Até esta segunda, a Segurança de Administração Penitenciária (Seap) contabilizava 55 mortes nas unidades prisionais do estado.
O Ministério da Justiça informou que vai enviar ao Amazonasintegrantes da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária. De acordo com o governo federal, a força-tarefa atua quando há crise no sistema penitenciário – o objetivo é “controlar distúrbios e resolver outros problemas”.
Prevenção no Acre
A direção do Iapen-AC não soube precisar o quantitativo certo do reforço inserido no Acre, mas confirmou que há de dois a três agentes a mais por plantões. O diretor-presidente do Iapen-AC, Lucas Gomes, falou sobre o assunto.
“Desde que soubemos do caso temos dado um reforço na segurança dos presídios, uma vez que é uma guerra entre organizações criminosas que também estão presentes no Acre”, complementou.
Gomes relembrou que, assim como no Amazonas, o Acre enfrentou rebeliões e motins dos presos dentro das unidades prisionais. Em 2016, uma rebelião nos pavilhões J, L e K do Complexo Prisional Francisco d’Oliveira Conde (FOC), em Rio Branco, deixou quatro mortos e ao menos 20 feridos.
“Tal qual aconteceu em 2016 e 2017, pode virar uma tendência de enfrentamento. Demos uma reforçada com banco de horas [dos agentes]. A PM também está avisada e está dando reforço. Aqui está um pouco mais calmo, até porque estão separados por alas”, concluiu.